Chalés em Cafeara PR

Pesquise uma Localidade

Cafeara / PR



0
Chalés encontrados
banner

Nenhum estabelecimento encontrado em chalés na cidade de Cafeara - PR.



Veja o que os internautas dizem de Cafeara!

Passei minha infância aí, na então chamada "água do sururu". na época - 1957 - "meus oito anos" -, quando chegamos, era tudo muito lindo. pura mata nativa, uma fauna exuberante, com várias espécies de animais macacos, antas, até onças. meu pai era "administrador" de um sítio que ficou conhecido como "fazendinha". eu e meus irmãos íamos à pé para estudar aí na "escola paroquial nossa senhora da paz". era uma escola de freiras. também fui "cruzadinha" e coroinha na igreja, cujo pároco era o padre domingos. um "santo homem". a distância entre onde eu morava e a cidade patrimônio era de 8 km. naquela idade, apesar de toda dificuldade, tudo era gostoso, fascinante! o nosso uniforme de escola era feito por minha mãe, de pano de sacos de farinha ou açúcar. ela tingia a calça curta de azul, com anilina, e clareava a camisa com cândida. mesmo assim apareciam as inscrições "açúcar cristal - safra 195.... foi nesse tempo que eu ganhei o meu primeiro calçado, chamado "sete vidas", mas que a gente só podia usar para entrar na sala de aula. o caminho de 8 km de ida, mais 8 de volta, à pé, tinha que ser percorrido descalço, para não estragar o "caríssimo calçado". a gente fazia uns "chinelões" com folhas de palmas que arrancávamos de algumas muitas às vezes mamona, para aguentar atravessar os trechos de "areião". e, com um canudo de mamão, ou mamona, sugávamos a água do riacho juruna deliciosa para matar a sede. no inverno, saíamos de casa às cinco e meia da manhã, ouvindo o canto dos caburés, e saltitando para esquentar os pés, descalços, quase congelados, pela geada que cobria o chão que pisávamos ao caminhar. quando passava por um "corguinho" soltando uma fumaça, dando a ideia de calor, enfiávamos os pés dentro dele, que dava uma sensação de aquecimento. mas quando saíamos, piorava. .... levávamos um lanche, que era, invariavelmente, pão com ovo muito de vez em quando, aparecia um litro de leite, que a gente deixava na casa da diola costureira, que morava na "entrada da cidade", prá quem vinha do sururu, e, na saída, a gente tomava. que delícia! muitas vezes fiquei numa sorveteria que tinha aí, olhando com olhos de muita vontade, o sorvete "batendo" numa máquina "deliciosa". até hoje sinto aquele cheiro, chocolate com alguma coisa. o dono que eu me lembro da cara dele, mas não do nome, às vezes, compadecido, punha um pouco numa "casquinha" e me dava, pedindo prá sair... mas, chegando em casa, tinha que correr prá roça, ajudar em alguma coisa. naquela época, pelo menos no regime do meu pai, podia estudar, mas sem deixar de trabalhar. e como na época o café era a principal agricultura - a região toda aí, de matas nativas, estava sendo, criminosamente, derruba para o plantio de café - o trabalho dos "dos moleques" -, era limpar tronco, rastelar e "catá os grãos escondidos". nessa limpeza de tronco, que a gente fazia com a mão, ou com uma "pazinha" feita de casca de peroba, apareciam cobras, aranhas, escorpiões e outros "bichinhos". mas, tudo bem, isso era só em relação ao café. porque tinha o milho e o algodão, que achavam que "criança tinha mais jeito prá coisa". mas, estudo é estudo e trabalho é trabalho. vamos ao lazer. a diversão era, nas "hora de forga", estilingue, arapuca, vara de pescá, banho no riacho, roubá fruta na roça dos outros, andar à cavalo, ouvir rádio só o programa sertanejo de segunda à sexta feira, das oito às oito e meia, logo após "a voz do brasil", e, claro, paquerá que na época chamava "andar de bonde" . e o mais bonito de tudo isso era os adultos namorando, fazendo serenata, numa disputa bonita entre quem "cantava melhor", conquistando o coração da pretendida, que ficava ansiosa prá que tudo isso fosse prá ela. moreninha linda, do que bem querê, é triste a saudade, longe de você... - que beleza! e ainda tinha o futebol. foi aí, num campo tamanho oficial, mas cheio de irregularidades, acho que foi daí que nasceu o time "ranca toco", no sítio do osvaldo rodrigues, aos nove anos de idade, que "assisti", através de um rádio de pilha de vez em quando "saia do ar", colocado no círculo central do campo, rodeado por quase toda população local, o Brasil ser campeão mundial pela primeira vez. isso se repetiu em 1962, quando fomos bi. só que, dessa vez, como muita coisa tinha acontecido - em todos os aspectos -, a animação estava em "outro ritmo"... como meu pai era meio "cigano", a gente mudou constantemente de lugar e, consequentemente, de "estilo" de vida. assim, passamos por outros "empregos", como o sítio do joanim santo inácio, o sítio do seu angelim, a fazenda jangada já em mairá, lupionópolis, e etc... isso, querida cafeara, é só um resumo. gostaria muito que alguém que "se identifique" com essa "estória" se manifestasse. ps. tenho uma foto tirada em frente à escola paroquial nossa senhora da paz, onde aparece a bondosa irmã oliveira. quem se sembra? e da irmã eucaristia, alguém tem alguma lembrança? essa era um terror linda, olhos azuis, mas perversa.... bem, minha gente de cafeara e região, esse é o resumido depoimento de um cara que ama muito esse lugar, como dá prá perceber... um grande abraço a todos aqueles que tiveram a delicada atenção e paciência de ler este meu desabafo. deus os abençoe!
Por: Ivo Costa Barros

Eu fui em Cafeara quando eu tinha 12 anos de idade na casa de um parente do meu pai e achei a cidade muito interessante e estou com vontade de ir aí em março, a cidade é nota 10
Por: robson seriano da silva

As informações listadas são de responsabilidade do anunciante. Conheça o restante do portal para planejar sua viagem para Cafeara - PR. Veja dicas e muito mais!
A página atual apresenta opções de Chalés em Cafeara. Aqui você encontra o que procura em PR!